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Krampus O Terror do Natal (Krampus,2015)

O terror do natal, nunca é tarde para nós divertirmos como antigamente.

 

Em décadas anteriores a indústria cinematográfica tinha uma particularidade interessante, no mês de dezembro, o famoso mês do natal, a comemoração não era somente pelo nascimento de Jesus Cristo, para os estúdios era sim muito mais, era um calendário de lançamentos importantes, estreavam filmes de todos os gêneros com o tema festivo  (Férias Frustradas no Natal 89 , O Natal dos Muppets 92, Esqueceram-se de Mim 90 , Meu Papai é Noel 94, Milagre na rua 34 94, Um Herói de Brinquedo 96, etc...) e isso se perdeu com o passar dos anos, hoje em dia dificilmente se vê um grande investimento para um lançamento natalino.

Eu não sinto falta da quantidade, mas sim da qualidade, pois muito desses filmes têm neles algumas características marcantes: a essência familiar, diversão e boas gargalhadas, até uma certa inocência. E essas características passavam uma mensagem , que a vida é muito mais que a festa e o presente.

Krampus me  trouxe todo esse clima noventista, com os seus personagens caricatos, enfrentado as situações mais absurdas possíveis (que só acontecem em um natal em família). O Terror do Natal, como o próprio subtítulo diz, trata-se de uma fabula de horror, é sim um  exemplar de terror, um daqueles que fazem você lembrar de uma época onde o cinema assustava e divertia (sem taxar o espectador como um sádico), onde chorar de emoção e gritar de medo era apenas uma forma de extravasar o momento, , época da pura essência do cinema de entretenimento.

A qualidade do diretor Michael Dougherty em trabalhar com o gênero de terror receado de humor negro,  já havia sido comprovada em 2007 com o Trick 'r Treat (Contos do Dia das Bruxas), agora em seu novo filme não é diferente, temos um roteiro coeso muito bem conduzido pela sua direção, fotografia primorosa, que ajudar a estabelecer a estética, faz com que o espectador sinta e entenda a situação dos personagens.

Uma obra realmente cativante, que preciso ver outras vezes,  quero apreciar com mais atenção os detalhes das varias criaturas (todas magnificas) que passam pela tela, é isso mesmo? O design de criação é espantoso, realmente minucioso e detalhista na aparência dos “monstrinhos”, sem contar que é de cair o queixo com a visual  do velho Krampus.

O exemplar não só resgata o passado da indústria e seus lançamentos de temas festivos, mas também faz o espectador sentir-se vulnerável ao natal e toda a sua magia e inocência, assim quando se é uma criança,  e se assusta com o vizinho do Macaulay Culkin em Esqueceram-se de Mim. Bons sustos e um feliz natal atrasado.              

 

***1/2 (7,5)

 

Publicado no dia 03 de março de 2016.

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