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America Ultra  (American Ultra, 2015)

Não vamos nos divertir hoje.

Quando lemos uma sinopses, admiramos belos cartazes e assistimos aos trailers dos futuros lançamentos, por vezes podem nos enganar; e assim artefatos de marketing cumprem com o seu propósito. Aí, pronto, você está sentando na poltrona do cinema.

Nesse caso, devido às informações consumidas acreditei estar diante de uma comédia de clima eletrizante e divertida, porém o exemplar limita-se, há poucas cenas cômicas e nada praticamente divertidas; o clima eletrizante até existe em alguns momentos, mas isso não é o suficiente para alcançar média exemplares Hollywoodianos.

Para piorar a experiência, temos aqui um erro de abordagem na direção (em minha perspectiva) focando o melodrama da situação, isso atrapalha e faz com que os clichês fiquem ainda mais evidentes e falhos em uma trama frágil e nada original.

A "falha" da direção ao escolher como sustentação narrativa o romance entre os protagonistas (casal, por sinal, que não consegue ter nenhuma química); estraga todos os plots (deixando o filme obvio e sem graça), o que nos resta, são apenas boas cenas de ação e uma dose considerável de sangue.

Acredito que tínhamos um potencial considerável no projeto para uma comédia romântica, repleta de ação e boas gargalhadas, assim como "Tiro e Queda", "Dupla explosiva", etc...

O protagonista Mike encaixa-se perfeitamente no histórico de personagens já interpretados pelo ator Jesse Eisenberg: aparência frágil e inofensiva, que por trás esconde força e inteligência emocional impressionantes (80% dos personagens da sua filmografia são assim), por mais que a escalação do ator seja certa, a forma que a história e contada (abordagem da direção) não deixar espaço para uma grande performance dramatúrgica, nem para Jesse e também para quase ninguém do elenco (a beira da patetice), porém como todo a regra tem exceção, Walter Goggins rouba a cena e por alguns momentos nos transporta para dentro do filme.

Por fim, estamos diante de um filme com personagens clichês em uma trama mal utilizada, tornando a produção muito próxima a uma novela mexicana (aquelas de qualidade ruim), espero que nós atentemos mais aos trailers, cartazes, etc. pois muitas vezes e melhor aguardar e assistir em casa, ou nunca ver, priorizar o seu tempo para algo de maior qualidade.

PS: Sim, esse filme tem Kristen Stewart, não mencionada acima, pois, como rotineiro, não apresenta nada de novo, mantém-se sem expressão alguma.

** ½ (5,0)

 

Publicado no dia 18 de dezembro de 2015

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