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Monsters Dark Continent  (Monsters Dark Continent)

Beleza e horrores caminham juntos.

 

 

Estar diante de uma continuação sempre é um trabalho difícil, mas posso afirmar que o novato Tom Green não sentiu com tanta força nesse golpe, realizou um trabalho detalhista e profundo.

Seguindo os passos do seu antecessor (Monster 2010, dirigido Gareth Edwards, que agora assume o posto de produtor executivo), Monsters Dark Continent não é um filme sobre a natureza alienígena, mas sim sobre a própria natureza humana e como lidamos com o desconhecido. Dessa vez seguimos um grupo de amigos até o fronte de guerra no oriente médio, onde o exército americano luta contra as criaturas e os opositores a ação estadunidense em suas terras, um verdadeiro primor técnico no filme, na questão guerra temos um trabalho digno dos melhores filmes de guerra dos últimos anos (Falcão Negro em Perigo, Além da linha vermelha etc...), sequências alucinantes de um realismo capaz de tirar o fôlego do espectador, e de plano de fundo temos uma série de efeitos especiais de primeiro escalão dando vida aos alienígenas ( tudo muito discreto e de bom gosto), a figura dos monstros  também é de um capricho admirável (e de se impressionar com aparência das criaturas, já no início do filme temos um cena envolvendo um cachorro, simplesmente "linda" é emblemática pra o decorrer do filme).

O grande problema do filme é a narrativa arrastada e sem saber para onde quer ir, até o terceiro ato ficamos sem saber o destino que o filme pretende tomar (se é um exemplar de guerra  ou uma ficção realista ), mas por fim  depois de 90 minutos se decide e ajuda a esclarecer os atos anteriores ( creio que muitos não vão  chegar até aqui ).

Para aqueles que gostam de criaturas originais e "bonitas"  e daquele climão de guerra sob forte calor  dando a sensação de sede o tempo todo, pode mete a cara que vai se divertir, nós seres humanos precisamos tomar muitos golpes (como esse filme) para quem sabe um dia entender que o respeito e compaixão é o melhor dos remédios.

*** (6.3)

 

Publicado no dia 23 de dezembro de 2015

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