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DeadPool (DeadPool, 2016)

Brincar de ser um Super-Herói, quem nunca?

 

Para quem sai da sala de cinema após assistir ao Deadpool, uma coisa fica óbvia, um filme de super-herói como esse nunca havia sido realizado, e isso já é um baita motivo para você ir assistir ao exemplar.

O filme está numa harmonia atípica nos filmes de heróis (principalmente os da FOX), as sensações proporcionadas no filme funcionam quase no seu total, a ação regrada por momentos "imorais" e humor politicamente incorreto conduzem a história maravilhosamente, que usa a narrativa para premiar o espectador com a sua metalinguagem (no meu ver a grande sacada do filme), a interação do personagem com a plateia (quebra da quarta parede) faz com o que o Deadpool seja o Deadpool nessa adaptação cinematográfica, muito inteligente essa abordagem narrativa para transmitir toda a irreverência do personagem dos quadrinhos para a telona.

Temos um roteiro que esbarra nos clichês do heroísmo (sequência final principalmente), vemos também algumas piadas forcadas e desnecessárias (um exemplo à conversa entre o barman e o nosso herói quando revela o seu rosto), porém no geral temos mais acertos que "defeitos", piadas acidas e até certo ponto comedidas sobre o universo ficcional dos heróis em Hollywood, trazem uma nova perspectiva a esse universo tão popular no momento na indústria do cinema (Heróis estão na MODA).

Ryan Reynolds conseguiu em fim encontrar o herói que tanto procurou, isso é evidente na sua dedicação a interpretar o mercenário Wade Wilson, não vemos somente simpatia e carisma habitual do ator, enxergamos vida e emoção no personagem, que com um simples olhar emociona plateia, levando os mais emotivos as lagrimas, uma grande volta por cima do Deadpool/Reynolds que já havia feito o mesmo personagem no filme Wolverine Origins (sem comparação, até rola uma piada sobre isso no filme atual).

Para aqueles que acompanharam ou vão acompanhar a projeção do filme, a sensação de sair satisfeito do cinema fica completa, boas risadas, muita irreverência naquele “climão” de comédia dos anos 80 (aquela comedia que é apenas um filme, com proposito obvio é claro de entretenimento), com piadas, violência e adrenalina na medida certa. A impressão de ser surpreendido, de estar diante de algo totalmente inédito também existe (mesmo não sendo uma verdade), por fim o filme cumpriu com que prometeu, ousadia e ambição um nicho inchado, uma verdadeira brincadeira com o universo dos heróis no cinema

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***1/2 (7,7)

 

Publicado no dia 16 de fevereiro de 2016.

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