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O Regresso (The Revenant, )


Assim era o velho oeste.
Começar falando (escrevendo) que o filme é bem fotografado, lindíssimo, vindo de Alejandro González Iñárritu (diretor) e Emmanuel Lubezki (diretor de fotografia) torna-se um ultraje, depois do ápice alcançado por eles em Birdman (2014), O Regresso é somente mais uma afirmação do poder e competência dessa dupla fenomenal, que se formou em Hollywood, criam cenas simplesmente inacreditáveis de uma veracidade absurda, falando sobre o tema é impossível não mencionar a genialidade na sequência do ataque dos “Peles-Vermelhas” nos primeiros 15 minutos de filme (uma das coisas mais incríveis que já vi) , o clima e a estética realista fazem jus adaptação do romance homônimo escrito por Michael Punke, que por sua vez foi inspirado pela história real de Hugh Glass.
Acompanhamos no decorrer do filme a longa e sofrida jornada de Glass, se não fosse baseado em fatos dificilmente acreditaríamos em tudo que esse homem passou, Glass é brilhantemente interpretado pelo Leonard DiCaprio (quem sabe leva o Oscar dessa vez), o seu trabalho só não fica mais evidente, por conta de um elenco inspiradíssimo, repleto de performances brilhantes, fica realmente difícil eleger um destaque entre eles (leo, Tom Hardy, Domhnall Gleeson e ainda garoto Will Poulter) um verdadeiro duelo de talentos.
O filme pode não agradar a todos, como ele soa de um naturalismo extremo, as cenas de violência podem chocar um pouco, pois não falta crueldade, sangue e dor. Isso só acentua ainda mais a verdadeira obra de arte que é O Regresso, realmente fazendo jus ao status alcançado por Iñárritu em Hollywood.
O exemplar é verdadeiramente belíssimo, como era de se supor vindo de quem veio esse projeto, na pior das hipóteses (você que não gosta de um bom Western), vale a ida ao cinema só para apreciar a fotografia (e afirmo barbada, o Oscar de fotografia esse ano novamente vai para Emmanuel Lubezki).
**** (8,5)
Publicado no dia 07 de janeiro de 2016.
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