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Top Gun - Ases Indomáveis  (Top Gun, 1986)

Todo mundo quer ou queria ser o Maverick.
 
Quando vamos ao cinema procuramos identificação, buscamos intimismo, vamos atrás de uma viagem dos sonhos e realizações, algumas vezes o enredo nos proporciona e outras várias apenas os personagens da história, por mais pequena que seja a sua participação, nos fazem enxergar e respirar esses sonhos.  
Top Gun - 1986 marcou uma geração, aumentou as vendas em mais de 50% da marca Ray Ban, ganhou vários prêmios, principalmente a música original “Take My Breath Away” (que embalou e embala muitos romances mundo afora), consolidou Cruise como um Astro em Hollywood, e aumentou possivelmente de forma considerável o engajamento e alistamento pelas forças armadas americana.
Ao rever após uns 20 anos, o que percebo e chama a atenção é a leveza do longa ao tratar temas sérios e tensos, uma série de conflitos reais (e significativos para época) sempre ressaltando a perseverança e superação (potencializando o lado positivo), um filme sem um vilão, sim, isso mesmo, não há uma personificação do mal, essa abordagem foi e é crucial para o sucesso e acerto desse filme, onde de certa forma foge do "rotineiro", claro que a lição final é a do típico almanaque oitentista, volto a frisar a leveza é mostrada de forma absoluta na tela. As cenas de ação das aeronaves, realmente muito atuais e impactantes, são em sua maioria realizadas com jatos reais, ajudando de forma importante o nosso cérebro acreditar na trama. 
O sucesso atemporal alcançado pelo filme talvez seja fruto da química do elenco (todos bem), ou pelo carisma do protagonista e atual estrela de Hollywood, Tom Cruise, que interpreta de forma exagerada e magistral o arrogante, confiante e sempre bem-humorado  Maverick. 
Diversas escolhas corretas, desde a forma de filmar, às cenas de ação, elenco e trilha sonora comandadas pela visão do Tony Scott, um dos grandes mestres do cinema (onde abordou de forma impar um roteiro piegas e manjado), fazem ser um cult movie, sempre lembrando. 
Vamos aguardar o retorno do melhor piloto americano Maverick em 2021, pois acredito que a sequência será tão inovadora quanto o seu antecessor; nostalgia também não irá faltar, mas creio que não terá a mesma leveza que me surpreendeu ao rever o original e famoso “Ases Indomáveis”. Sempre é bom rever um Cult Movie, e digo: "filme bom não envelhece” e Top Gun não ficou um sequer segundo mais velho desde o seu lançamento, assim como nossos sonhos e realizações que sempre se renovam e se mantém vivos.
 
(8,0) ****
 
Publicado no dia 11de maio de 2021

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