Maligno (Malignant, 2021)
Um verdadeiro filme de terror.
Para um amante do cinema de gênero (terror) é uma grande satisfação ter James Wan no Hall dos grandes diretores de Hollywood, pois ele é um aficionado, um verdadeiro apaixonado pelo gênero e com a sua visão e domínio pela narrativa cinematográfica , já contribuiu muito para a historia desse nicho as vezes marginalizado, e sempre; filme após filme ele preenche as expectativas dos espectadores, e por vezes as superando.
Maligno é um filme feito para os fans do cinema de horror, um filme concebido de uma mente "doentia" e apaixonada por medo, sustos e esquisitices. O exemplar é uma entrega sublime de amor e sangue para os espectadores, utilizando de diversas referencias ao longo de décadas do cenário do horror (não só americano) junto com a sua genialidade e criatividade "insuperável" atualmente, faz as homenagens suarem como originais, enquadramentos, movimentação de câmera e trilha sonora inacreditáveis, com um poder de persuasão ao psíquico humano surpreendente, digno da capacidade de um dos melhores diretores da atualidade.
A historia foge do que estamos acostumados a ver nas mãos de Wan (Invocação do mal, Annabelle e Sobrenatural ), viajamos por uma historia cruel, maligna e "esquisita", porém com os mesmos adjetivos de seus trabalhos anteriores; Beleza artística e primor técnico, acredito que os dois atributos mencionados sejam os maiores responsáveis para o impacto positivo do filme (para quem gosta de um verdadeiro filme de terror), pois nunca se havia feito isso no cinema de horror, um filme de tema "pequeno" ser tratado de forma tão "grande" (isso é amor).
A criatividade do roteiro e condução da narrativa nos transporta de forma imersiva para a jornada Madison nos causando arrepios e sustos (como em Exorcista 1973), causando aflição , repulsa (assim quando assistimos pela primeira vez O Massacre da serra elétrica 1974), adrenalina , suspense etc... (assim como os melhores Giallos italianos , Seis mulheres para um assassino 1964 e o Pássaro das plumas de cristal 1970) .
Para o cinema de terror e para os fans sem duvidas um divisor de agua, uma espécie de recompensa por anos de sustos e "sofrimentos" , assim como foi Pânico (1996) de Wes Craven, e não há nenhuma injustiça em, comparar Wes a James pois ambos são grandes responsáveis pela manutenção da vida do cinema de terror (scary movies).
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**** (8,7)